Em certo show o público pediu que eles tocassem alguma do Guns N’ Roses, e como não sabiam cantar pediram para alguém da platéia subir ao palco e ajudar, Dinho voluntariou-se e no palco fez com que todo o público risse de sua apresentação com seu jeito engraçado, assim foi convidado para cantar na banda. Júlio Rasec, por intermédio de Dinho, foi o último a entrar na banda Utopia.
A Utopia passou então a fazer shows em periferias de São Paulo, ao ficarem mais conhecidos lançaram um cd que vendeu menos de 100 cópias, aos poucos foram percebendo que as músicas de paródia faziam mais sucesso do que as covers, e começaram a introduzir algumas dessas músicas em seus shows ainda com medo da reação do público.
Em um show feito numa boate de Guarulhos – SP conheceram o produtor Rick Bonadio e decidiram mudar o perfil da banda a começar pelo nome, e passaram a se chamar “Mamonas Assassinas do Espaço” um nome criado por Samuel Reoli, que logo foi reduzido a “Mamonas Assassinas”. Gravaram uma fita demo contendo as músicas “Pelados em Santos”, “Robocop Gay” e “Jumento Celestino” para 3 gravadoras, entre elas a Sony Music e a EMI. Rafael Ramos amigo da banda e filho do diretor artístico da EMI influenciou na contratação, após assistir um show do grupo em 28 de abril de 1995 o pai de Rafael “João Augusto” resolveu assinar contrato com a banda.
Após gravar um disco produzido por Rick Bonadio (apelidado pela banda de Creuzebek), os "Mamonas" saíram em imensa turnê, apresentando-se em programas como Jô Soares Onze e Meia, Domingo Legal,Programa Livre (no SBT), Domingão do Faustão, Xuxa Park (ambos na Rede Globo) e tocando cerca de 8 vezes por semana, com apresentações em 25 dos 27 estados brasileiros e ocasionais dois shows por dia. O cachê dos "Mamonas" tornou-se um dos mais caros do país, variando entre R$50 e 70 mil, e a EMI faturou cerca de R$80 milhões com a banda. Em certo período, a banda vendia 100 mil cópias a cada dois dias.
Os "Mamonas" preparavam uma carreira internacional, com partida para Portugal preparada para 3 de Março de 1996. Porém em 2 de Março, enquanto voltavam de um show em Brasília, o jatinho Learjet em que viajavam, prefixo LR-25D - PT-LSD, chocou-se contra a Serra da Cantareira, numa tentativa de arremeter vôo, matando todos que estavam no avião. O enterro, no dia 4 de Março, fora acompanhado por mais de 65 mil fãs (em algumas escolas, até mesmo não houve aula por motivo de luto).
A aeronave havia sido fretada com a finalidade de efetuar o transporte do grupo musical para um show no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. No dia 1º de março de 1996, transportou esse grupo de Caxias do Sul para Piracicaba, onde chegou às 15h45. No dia 2 de março de 1996, com a mesma tripulação e sete passageiros, decolou de Piracicaba, às 07h10, com destino a Guarulhos, onde pousou às 7h36.
A tripulação permaneceu nas instalações do aeroporto, onde, às 11h02, apresentou um plano de voo para Brasília, estimando a decolagem para as 15h00. Após duas mensagens de atraso, decolaram às 16h41. O pouso em Brasília ocorreu às 17h52.
A decolagem de Brasília, de regresso a Guarulhos, ocorreu às 21h58. O voo, no nível (FL) 410, transcorreu sem anormalidades. Na descida, cruzando o FL 230, a aeronave de prefixo PT-LSD chamou o Controle São Paulo, de quem passou a receber vetoração por radar para a aproximação final do procedimento Charlie 2, ILS da pista 09R do Aeroporto de Guarulhos (SBGR).
A aeronave apresentou tendência de deriva à esquerda, o que obrigou o Controle São Paulo (APP-SP) a determinar novas provas para possibilitar a interceptação do localizador (final do procedimento). A interceptação ocorreu no bloqueio do marcador externo e fora dos parâmetros de uma aproximação estabilizada. Sem estabilizar na aproximação final, a aeronave prosseguiu até atingir um ponto desviado lateralmente para a esquerda da pista, com velocidade de 205Kt a 800 pés acima do terreno, quando arremeteu.
A arremetida foi executada em contato com a torre, tendo a aeronave informado que estava em condições visuais e em curva pela esquerda, para interceptar a perna do vento. A torre orientou a aeronave para informar ingressando na perna do vento no setor sul. A aeronave informou "setor norte".
Na perna do vento, a aeronave confirmou à Torre estar em condições visuais. Após algumas chamadas da Torre, a aeronave respondeu e foi orientada a retornar ao contato com o APP-SP para coordenação do seu tráfego com outros dois tráfegos em aproximação IFR. O PT-LSD chamou o APP-SP, o qual solicitou informar suas condições no setor. O PT-LSD confirmou estar visual no setor e solicitou "perna base alongando", sendo então orientado a manter a perna do vento, aguardando a passagem de outra aeronave em aproximação por instrumento.
No prolongamento da perna do vento, no setor Norte, às 23h16, o PT-LSD chocou-se com obstáculos a 3.300 pés (1006 metros), no ponto de coordenadas 23º25'52"S 046º35'58"W. Em consequência do impacto, a aeronave foi destruída e todos os ocupantes faleceram no local.
Além dos componentes da banda, Dinho, que completaria 25 anos dali a três dias, os irmãos Samuel (que completaria 23 anos no dia 11 de março) e Sérgio, Júlio e Bento, também morreram no acidente o piloto, o co-piloto e dois assistentes dos artistas, Isaque Souto, primo de Dinho, e Sérgio Saturnino Porto, segurança do grupo.
A morte trágica de seus cinco integrantes causou comoção em todo o Brasil, menos de dois anos depois da morte de Ayrton Senna em 1994. Dias após, houve um minuto de silêncio no Maracanã, antes do jogo entre Botafogo e Flamengo.
Membros:
- Dinho (Alecsander Alves) - vocais e violão
- Samuel Reoli (Samuel Reis de Oliveira) - baixo
- Bento Hinoto (Alberto Hinoto) - guitarra e violão
- Sérgio Reoli (Sérgio Reis de Oliveira) - bateria
- Júlio Rasec (Júlio César) - teclados, backing vocals e vocais
Prêmios:
- Prêmio SBT de Música 1995 - Revelação
- Troféu Imprensa 1996 - Revelação do Ano
- Troféu Imprensa 1996 - Melhor Música (Pelados em Santos)
Videografia:
- 1996: MTV na Estrada (relançado em DVD em 2004)
- 2002: Show Ao Vivo (Arquivo Familiar) CineArts
- 2008: Por Toda Minha Vida - Mamonas Assassinas
- 2009: Mamonas, o Doc
- 2011: Mamonas para sempre
UMA BANDA QUE DEIXOU SAUDADES A MUITOS FÃS QUE FICARAM ÓRFÃOS DE UMA BOA E ANIMADA MÚSICA...
E A TRISTEZA DE QUEM NÃO PODE COMPARECER A UM SHOW DELES ,AGORA SÓ NOS RESTA A SAUDADE...
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