29 de dezembro de 2012

Cantar, dançar ou simplesmente ouvir música podem fazer muito pela sua saúde

Não é só o seu estado de espírito que é influenciado pelas canções que ouve. Às vezes, a banda sonora da sua vida pode não estar sincronizada.

A música não aparece no momento certo, como nos filmes, e sente falta dela. É normal, uma vez que ouvir música faz parte da vida e é uma excelente maneira de comunicar.


Um aspecto curioso é que cada vez mais estudos científicos estão a concluir que ouvir música e cantar faz bem à saúde. Isto sem falar nos benefícios directos que dançar traz à sua linha.

Ritmo terapêutico

No Hospital de Chelsea e Westminster há regularmente concertos ao vivo, tendo-se concluído que os doentes que assistem precisam de menos medicamentos e recuperam mais depressa. Citada pela BBC, Rosalia Staricoff, da equipa médica que conduziu o estudo, refere que «a música reduz a pressão arterial, a frequência cardíaca e as hormonas relacionadas com o stress».

Uma outra investigação da Universidade de Oxford, publicada em 2005 pela revista Heart, concluiu que a música calma tem um efeito relaxante, diminuindo a frequência cardíaca e respiratória, enquanto os tempos acelerados produzem um efeito contrário.

Um estudo da Universidade de Queensland, na Austrália, vai ao pormenor de sugerir música clássica em vez de rock nas salas de operações, o que permite monitorizar melhor as funções vitais do doente.

Se gosta de cantar saiba que ao fazê-lo aumenta a oxigenação do sangue e exercita músculos do tronco. A nível psicológico, provoca uma sensação de bem-estar emocional, que é reforçada se cantar com outras pessoas.

Terapia dos sons

O interesse da comunidade científica pela música enquanto instrumento terapêutico não é de agora. A musicoterapia, um tipo de psicoterapia cujo instrumento de trabalho é a música e os seus elementos (som, ritmo, harmonia), teve o seu primeiro instituto criado na década de 40, na Suécia.

Segundo a obra «Iniciação às Psicoterapias», de Isabel Leal, este tipo de intervenção é usado em hospitais psiquiátricos para reestabelecer a relação entre pacientes e o pessoal de saúde; na abordagem de crianças autistas; na reeducação de deficiências físicas e sensoriais e no caso de doentes oncológicos e em coma.

A musicoterapia pode também ser usada na recuperação de pessoas com problemas de abuso de substâncias, dor crónica e aguda, entre outras situações.

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